Simples



Boa noite, leitor@!

Espero que você esteja bem!

Há algo que eu gostaria muito de falar a respeito por acreditar que interessa a muita gente: o segredo da felicidade.

Acontece que, infelizmente, eu ainda não desvendei esse mistério universal.

Porém, enquanto não nos é dado conhecer a fórmula exata para o que mais almejamos, talvez uma boa estratégia seja buscar compreendê-la (a felicidade) por aproximação: ir eliminando pouco a pouco tudo o que não nos faz essencialmente felizes para, assim, quem sabe um dia, podermos saber o que nos faz de fato felizes.

Focada nesse método de exclusão (que você provavelmente já usou nas provas), é que eu gostaria de falar hoje sobre algo que eu acredito, sinceramente, que não nos faz felizes.

E esse algo é... rufem os tambores... o consumo desenfreado.

Sim. Estamos mergulhados em um universo no qual somos levados a crer que pessoas que compram determinada marca, frequentam determinado lugar, consomem de um restaurante específico, viajam para um destino X são, por esses motivos, mais felizes que nós.

Desejamos toda a experiência vivenciada pelos nossos ídolos e compartilhada por eles nas redes sociais e, assim, fomentamos uma indústria crescente em que parece que não se vende mais um produto específico, mas todo um Life Style. Nós sabemos e muitas dessas figuras públicas falam abertamente que o que vemos, é só a parte que elas querem que vejamos e que suas vidas não são aquele conto de fadas.

Mas é a esperança de ser tão felizes quanto as pessoas que queremos espelhar parecem ser nas redes sociais, nos faz consumir desenfreadamente e muitas vezes, sem poder, aquilo que eles ostentam. 

Assistindo ao documentário Humano - Uma Viagem pela Vida, recentemente adicionado ao catálogo da Netflix, o discurso de José Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, me chamou especial atenção. 

O velhinho mandou super bem no discurso!

Mujica nos lembrou que o consumo consciente não é uma apologia à pobreza. Eu concordo com ele e acrescento que temos o direito de perseguir o que consideramos uma vida bem-sucedida e devemos usufruir dos frutos do nosso trabalho e nos proporcionar o conforto e os prazeres que merecemos.

O problema é que a sociedade de consumo que se desenvolveu para sustentar a economia está baseada em consumos supérfluos. Compramos o que não precisamos, o que não nos faz mais felizes.
Ao contrário, o consumo desenfreado faz com que nos endividemos, e consequentemente, com que fiquemos estressados por causa das dívidas e adoeçamos por causa do estresse ou da frustração. Isso não me parece felicidade.

É certo que a economia precisa girar porque dela dependem empresários, trabalhadores, famílias inteiras, e o consumo dá suporte à economia. Mas nós podemos consumir melhor e de maneira mais consciente. E estamos demandando cada vez mais produtos de qualidade, alimentos mais nutritivos e orgânicos, por exemplo, roupas e calçados duráveis e com uma pegada atemporal. É um movimento que já se iniciou e que, a meu ver, tem mais potencial do que investir tempo de vida em produtos descartáveis. 

Temos necessidade de consumir melhor. E essa necessidade, uma vez identificada, é lucrativa. As necessidades são cada vez mais plurais, o que torna as possibilidades de sucesso econômico cada vez maiores para os investidores. O consumo consciente não vai destruir a economia, mas reformulá-la.

O que acham disso?!

Espero que, apesar do tom sério do post, nos vejamos nas minhas próximas postagens!

A Interiorana.

                                     
P.S.: Coloquei aqui pra quem quiser ver um pedacinho do discurso do Mujica, mas quem se interessar, vale a pena assistir tudo. :)

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